O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será adiado “de 30 a 60 dias em relação ao que foi previsto nos editais”. É o que afirma a nota do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e do Ministério da Educação (MEC).
A decisão ocorre depois de o governo enfrentar uma crise de questionamentos judiciais e bombardeamento de campanhas nas redes sociais.
O Senado também havia aprovado, na terça-feira (19), um projeto de lei que adia a aplicação do exame de demais processos seletivos de acesso à educação superior, como vestibulares, devido à pandemia do novo coronavírus. O texto seguiria agora para votação no plenário da Câmara dos Deputados.
O presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) sinalizou que o texto deve ser votado mesmo após o anúncio do Inep. Isso porque ele afirmou que “não confia” no ministro da Educação Abraham Weintraub. Maia também sinalizou que está esperando um posicionamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido)
Na manhã desta quarta-feira (20), Weintraub já tinha sinalizado o adiamento pelo Twitter. “Diante dos recentes acontecimentos no Congresso e conversando com líderes do centro, sugiro que o Enem seja adiado de 30 a 60 dias. Peço que escutem os mais de 4 milhões de estudantes já inscritos para a escolha da nova data de aplicação do exame”, postou.