Custo de vida do brasileiro volta a subir. A alta, na segunda medição de julho do Índice de Preços ao Consumidor-Semanal, o IPC-S, da Fundação Getúlio Vargas, chegou a 0,56 por cento.
Foi o quarto aumento seguido, o que pode indicar uma recuperação da economia, com uma demanda maior, do meio de junho pra cá.
O único setor que registrou queda de preços na última pesquisa foi o de vestuário, bastante afetado pela crise do coronavírus, seja pelo fechamento do comércio ou porque como as pessoas têm saído menos pra trabalhar ou passear, muitas não têm a necessidade de comprar roupa nova.
Chama a atenção, ainda, o setor de transportes, que puxou a queda do custo de vida, no começo da crise, mas agora foi o que registrou o maior aumento de preços: 1,47 por cento, no geral.
Com o início da quarentena, a procura caiu e itens como gasolina e passagem de avião ficaram bem mais baratos.
Agora, com a retomada aos poucos das atividades, o preço do combustível subiu quatro e meio por cento e voar ficou 19 por cento mais caro.
Destaque, ainda, para o grupo alimentação.
Nesse caso, os valores se mantiveram em alta, durante a crise, porém, o aumento perdeu força, na última pesquisa, e ficou em 0,29 por cento.
De um lado, o preço do leite, por exemplo, subiu cinco por cento, o que pode acontecer nessa época, quando o tempo frio e seco castiga os pastos, prejudica a alimentação do rebanho e provoca uma queda na produção.
Do outro, a batata e o tomate ficaram 12 e 22 por cento mais baratos.