A Assembleia Legislativa de Minas Gerais liberou nesta quinta-feira (18) os jetons – pagamentos a parlamentares por participação em sessões extraordinárias – que podem aumentar os salários dos secretários do estado de R$ 10 mil para até R$ 35,4 mil.
O governador Romeu Zema (Novo) pediu a liberação dos jetons, ao contrário do que dizia em seu discurso de campanha, quando comparava o adicional a um “puxadinho” para engordar os salários. Ele chegou até a registrar a discordância com a medida em cartório. Agora, de acordo com o jornal O Estado de Minas, Zema alegou que os salários dos secretários de estado de Minas são menores que os dos titulares de pastas no município de BH e em outros estados.
Zema vetou o artigo que proibia o pagamento dos jetons com o apoio de 33 deputados, enquanto 14 foram contra. Para derrubar o veto de Zema eram necessários 39 votos. “A ALMG mais uma vez propiciou ao governo pôr em prática suas bandeiras, proibindo os jetons que triplicam salários de secretários. No entanto, o governador mais uma vez mudou de opinião e vetou a proibição”, criticou o deputado Ulysses Gomes (PT).
Fica, portanto, garantido que os secretários de Estado poderão continuar participando dos conselhos das empresas estatais e recebendo verbas extra por isso. A proibição de pagamento dos jetons aos secretários havia sido incluída no projeto da reforma administrativa do governo por uma emenda do deputado Alencar da Silveira Jr. (PDT).
Outros vetos
Foi derrubado também o veto que tratava da criação de 13 superintendências regionais de meio ambiente, de modo que poderão ser instituídas as superintendências de Passos, Patos de Minas e Manhuaçu. Também foi derrubado o veto ao item que destinava 3% dos recursos de publicidade do Estado para a TV Minas e a Rádio Inconfidência.
Fonte: JP