Apesar do crescimento do setor de serviços de 2,6% em julho, na comparação com o mês anterior, e o ganho acumulado de 7,9% após a taxa positiva de junho, o setor ainda não conseguiu recuperar as perdas seguidas entre fevereiro e maio, que somaram queda de 19,8%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em relação a julho do ano passado, a queda é de 11,9%, quinta taxa negativa seguida na comparação anual. No acumulado do ano, o recuo é de 8,9% e em doze meses, o volume de serviços caiu 4,5%.
Segundo o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, os efeitos da pandemia de covid-19 foram sentidos entre março e maio. “O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019”.
De acordo com ele, a recuperação mais lenta do setor de serviços, em comparação com a indústria e o comércio, se deve à forma heterogênea do setor, bem como ao peso grande, de 70%, que representa na economia, sendo responsável por cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB), além do fato de muitas atividades envolverem atendimento presencial.