O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 43,4 pontos de março para abril deste ano. O resultado veio depois de uma alta de 52 pontos na passagem de fevereiro para março. Com isso, atingiu 210,5 pontos, seu recorde histórico pelo segundo mês consecutivo e ficou 73,7 pontos acima do recorde antes da pandemia da covid-19 (136,8 pontos, em setembro de 2015). As informações foram divulgadas hoje, no Rio de Janeiro, pela FGV.
Em abril, os dois componentes do indicador subiram fortemente. O componente de mídia, baseado na frequência de notícias com menção à incerteza, aumentou 34,3 pontos e foi para 195,3 pontos, maior nível da série histórica.
O componente de expectativa, construído a partir da média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos, subiu 62,3 pontos, para 225,8 pontos, segundo maior nível da série ficando atrás apenas de outubro de 2002 (257,5 pontos).
“O segundo trimestre de 2020 se inicia com a incerteza econômica batendo novo recorde, sob influência da pandemia da covid-19 e seu impacto sem precedentes na atividade econômica e nas finanças de famílias e empresas”, disse a pesquisadora da FGV Anna Carolina Gouveia.