O número de casos notificados de AIDS, a síndrome causada pelo vírus HIV, vem caindo entre a população em geral, desde 2014, em todo o Brasil.
Naquele ano, segundo indicadores do Ministério da Saúde, foram notificados 41 mil, 746 casos. Já em 2018, o total ficou em pouco mais de 37 mil e 100.
No entanto, entre um grupo de pessoas, a curva é de crescimento. São as gestantes.
Os dados do Ministério mostram que, entre as mulheres grávidas, os casos de infecção por HIV aumentaram. E esse crescimento foi de quase 40% nos últimos 10 anos.
Em 2008, foram registradas 6 mil e 700 mil gestantes com HIV. Em 2018, esse número passou para 8 mil e 600.
Uma das explicações para o aumento seria os avanços no tratamento da doença.
A pessoa infectada e que faz tratamento tem hoje praticamente a mesma expectativa de vida de uma pessoa sem o virus e a medicina já é capaz de garantir que uma mulher portadora de HIV não transmita o vírus a seu filho – o que é um estímulo para que engravidem.
Além disso, toda mulher gestante atendida no SUS faz, obrigatoriamente, o teste de HIV e, se a doença é descoberta, o caso é notificado – e esse avanço no diagnóstico é uma outra explicação para o aumento de casos de Aids entre as grávidas nos últimos anos