Quantidade de doadores de órgãos diminui seis e meio por cento no primeiro semestre de 2020. A queda foi verificada pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, ao comparar os números com os do mesmo período do ano passado. A entidade informa que nos últimos anos o volume de doações vinha crescendo gradativamente.
Em 2019 estava em 18 vírgula um por milhão de habitantes e chegou a 18 vírgula quatro, nos primeiros três meses de 2020. O levantamento aponta que com a pandemia de Covid-19,o número de doadores caiu para 15 vírgula oito por milhão de habitantes.
As maiores quedas foram verificadas na região Norte, de 47 vírgula quatro por cento; Nordeste, de 37 por cento, e na região Centro-Oeste, de doze vírgula seis por cento.
Já no Sul do País houve aumento de cinco por cento na quantidade de doadores e no Sudeste, de três vírgula um por cento.
Informações do Ministério da Saúde, referentes a junho deste ano, indicam que o Brasil possui mais de 40 mil pessoas a espera de uma doação de órgão. O maior número é de pacientes que necessitam de transplante de rim, seguidos pelos que aguardam por uma córnea. Outras doações esperadas são de pulmão, coração, fígado, pâncreas, medula óssea, entre outros órgãos.
Eles podem ser doados por pacientes que tiveram morte encefálica, quando o cérebro deixa de funcionar, mediante a autorização de familiares.
Outra alternativa é que o órgão ou parte dele venha de um doador vivo, desde que a cirurgia não coloque sua saúde em risco. Neste caso, é preciso que a pessoa que vai doar seja um parente de até quarto grau ou cônjuge do paciente, ou que tenha autorização judicial.