Foto Geraldo Brandao
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Em meio às dificuldades econômicas impostas pela pandemia do novo coronavírus, produtores da Associação dos Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado (Aprocer) celebram a venda coletiva de 450 quilos de queijo para a Associação de Comerciantes de Queijo Artesanal Brasileiro (ComerQueijo). A comercialização dessa primeira leva é considerada um marco para a associação, criada há pouco mais de um ano.

Para o secretário da Aprocer, Antônio Augusto Carvalho Costa, a comercialização coletiva dos queijos foi um sucesso. Além de contribuir para reduzir o estoque dos produtores, que aumentou bastante devido à pandemia, essa venda coletiva deve abrir um mercado muito grande para os associados da Associação. “Foi uma venda bem expressiva. Conseguimos comercializar nossos produtos a preços superiores aos que os produtores estavam negociando regionalmente. Creio que essa parceria com a ComerQueijo vai aumentar muito a visibilidade dos produtores de queijo do Cerrado”.

De acordo com a analista do Sebrae Minas Adenilce Moreira, a pandemia está dificultando as vendas dos queijos, principalmente, porque inviabiliza a realização de feiras e eventos. Entretanto, segundo ela, por meio de um trabalho de cooperação, os associados da Aprocer conseguiram fechar um grande negócio. “Como alguns produtores tiveram dificuldades em comercializar os queijos, a Associação buscou novos parceiros e conseguiu fechar com a ComerQueijo, que já comprava na região da Canastra. Foi uma iniciativa de muito sucesso, e os produtores ficaram muito felizes. Quatro deles conseguiram vender todos seus produtos”, destaca.

Elias Côrtes de Almeida, proprietário da Queijaria Vô Joaquim, do município de Cruzeiro da Fortaleza, é um dos produtores beneficiados com a venda coletiva. Foram 100 quilos comercializados. “Temos a necessidade de expor e de apresentar a qualidade do queijo do Cerrado. Com as dificuldades impostas pela pandemia, todos nós da associação tivemos que nos unir e conseguir uma saída para a crise. Com essa primeira venda para a ComerQueijo, espero que possamos abrir novos mercados e fortalecer o queijo produzido na região”.

Quem também comemora a venda é o produtor Geraldo José Brandão, proprietário do Queijos Brandão de Carmo do Paranaíba. Segundo ele, essa venda dá esperança para bons negócios em um futuro próximo. “Foi uma venda muito boa que surgiu graças ao trabalho da Associação e dos parceiros, como o Sebrae Minas. Estávamos precisando vender, buscando um meio de comercializar o estoque, e essa parceria com a ComerQueijo veio em boa hora”.Todo o trabalho da Aprocer conta com parcerias e apoio do Sebrae Minas, Unipam, Emater, UFU de Patos de Minas e Universidade Federal de Viçosa campus Rio Paranaíba. Já a ComerQueijo é uma associação formada por comerciantes de todo o país, que se dedicam ao comércio, exclusivo ou não, de queijos artesanais brasileiros.

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