O salário mínimo no Brasil deveria ter sido de R$ 6.298,91 em agosto. A conclusão é do Dieese, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos.
É mais de 5 vezes o valor do piso nacional em vigor, que é de R$ 1.212,00
O valor ideal estimado em agosto é menor do que o salário ideal estimado em julho, que foi de R$ 6.388,55 – uma diferença de quase 90 reais entre um mês e outro.
Todos os meses, o Dieese faz essa estimativa de quanto deveria ser o salário mínimo para bancar a moradia, a alimentação, a educação, a saúde, o lazer, o vestuário, a higiene, o transporte e a Previdência Social do trabalhador e de sua família – considerando uma família de 4 pessoas, dois adultos e duas crianças. São necessidades tidas como básicas na Constituição Federal.
Para o cálculo, o órgão considera o valor da cesta básica mais cara entre 17 capitais pesquisadas. No mês passado foi considerada a cesta de São Paulo, que custou R$ 749,78
Todo mês, o Dieese também estima o tempo médio que o brasileiro precisa trabalhar para comprar os produtos da cesta.
No oitavo mês do ano, o tempo médio de trabalho nas 17 capitais apenas para comprar produtos básicos para o mês foi de 119 horas e 8 minutos – 6 horas e 41 minutos a mais do que o tempo que foi necessário em agosto do ano passado.
Considerando uma jornada diária de 8 horas de trabalho, dá para dizer que, no mês passado, o brasileiro precisou trabalhar 14 dias, 7 horas e 8 minutos – quase 15 dias de trabalho! – apenas para comprar a cesta básica de alimentos.