A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) é a segunda maior depositante de patentes de Minas Gerais e a 15ª do Brasil junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Atualmente a UFU conta com 20 cartas de patentes e outros 201 pedidos pendentes junto ao Inpi, além de 47 processos de desenhos industriais. De acordo com dados divulgados pela Agência Intelecto em julho deste ano, o Instituto de Biotecnologia (IBTEC) vem liderando a fila de depósitos de pedidos de patente na UFU, seguido pela Faculdade de Engenharia Mecânica (FEMEC), Instituto de Química (IQ), Faculdade de Engenharia Elétrica (FEELT) e Faculdade de Engenharia Química (FEQUI).
O termo patente representa a proteção conferida a um objeto, produto ou processo de domínio de um autor. É um tipo de propriedade industrial que dá ao seu criador a exclusividade de uso da tecnologia que ele inventou. A duração da patente de invenção (PI) é de 20 anos e a dos modelos de utilidade (MU) é de 15 anos. Com o fim desse período, toda patente passa a ter domínio público, ou seja, é o fim do direito de exclusividade sobre a exploração da invenção.
De acordo com o diretor da Agência Intelecto, Thiago Paluma, boa parte das pesquisas é desenvolvida na pós-graduação por meio de trabalhos que envolvem professores e alunos. Paluma salienta que a UFU conta com programas de grande potencial e com boas notas na avaliação do Ministério da Educação (MEC).
Além disso, o diretor reforça que as parcerias com outras instituições e os programas de pós-graduação internacionalizados são pontos importantes para o destaque da universidade neste cenário. Nesse sentido, o Programa de Pós-Graduação em Genética e Bioquímica (do IBTEC) e o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica (da FEMEC) ganham destaque no depósito de pedidos de patentes.
Um exemplo é o estudo coordenado pelo professor e doutor da área de Genética e Bioquímica, Luiz Goulart, responsável pela elaboração de um mecanismo capaz de detectar a presença de células cancerígenas no corpo humano. A partir de amostras retiradas do sangue extraído de veias no braço, o produto visa identificar a existência de câncer de próstata em até três horas.